Teatro

A Peça "O Julgamento do Macaco", baseada em fatos reais, conta a estória de um professor que desafia uma lei a qual proibia o ensino da Teoria da Evolução no ano de 1925. 

Colaborei na montagem como Assistente de Direção e participei, assim como os outros integrantes do elenco, na pesquisa, adaptação e elaboração do roteiro final. Ainda tive o prazer de entrar em cena como elenco de apoio. Também fui responsável pela criação e diagramação do Release Eletrônico, que pode ser conferido nas imagens a seguir.

A Peça ficou em cartaz no Teatro Garagem entre 13 e 30 de maio de 2010, em 12 apresentações. Depois nos apresentamos, no mês de junho, no Teatro Newton Rossi, na Ceilândia, e no Teatro Paulo Autran, em Taguatinga. Fizemos uma apresentação na Escola Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro e outra no Festival de Teatro do Cariri.





INTERATIVIDADE:
O júri que decide o destino do Professor é formado por membros sorteados na plateia. Existem dois finais para a peça, sendo que o veredito, culpado ou inocente, depende exclusivamente da consciência do júri.

A peça prende a atenção do início ao fim com diálogos rápidos e inteligentes, levando o espectador a reavaliar ou reafirmar posições e perspectivas.



CONFLITOS:
Os temas desenvolvidos na peça “O Julgamento do Macaco” - a necessidade de liberdade de expressão e o valor de procurar a verdade - são revelados através de muitos conflitos. O mais óbvio esta entre Drummond e Brady, ícones sociais opostos.

Brady, o advogado de Acusação, esta do lado do Criacionismo. Ele luta a favor da Lei de Butler, que proíbe o ensino da Teoria da Evolução em salas de aula. Drummond, o advogado de Defesa, está do lado do Evolucionismo. Ele se opõe à essa Lei porque a liberdade de pensar é comprometida quando o conhecimento é censurado.

O conflito entre Brady e Drummond não é apenas entre dois homens e suas crenças. Sua batalha representa os conflitos existentes na sociedade. A necessidade de lutar pela liberdade de expressão e de respeitar as diferentes perspectivas são usadas para levar o público a reflexão.



O mais famoso e competente advogado agnóstico da época, Henry Drummund, assume a Defesa, custeado pelo Jornal Baltimore Herald, que envia seu jornalista mais ácido e notório crítico do modo de vida conservador americano para cobrir o caso. 


Brady, canditato à Presidência da República dos Estados Unidos, assume a Promotoria, fazendo do caso um exemplo e buscando autopromoção.


O Reverendo da pequena cidade de Hillsboro lidera a massa que quer ver o Professor atrás das grades e tenta demover sua filha da idéia de casar-se com o acusado.



Também são trazidos à tona a consciência de conflitos culturais mediante a apresentação de diferentes perspectivas entre as zonas rurais e cosmopolita. Hornbeck, um colunista de jornal sofisticado da cidade, não pode esperar para voltar para a civilização, o que pode ser observado por seu sarcasmo extremado.



Cates está na cadeia, lutando por sua liberdade e pela revogação da Lei Butler. No processo ele acaba se vendo engolido por um movimento muito maior do que poderia prever, fazendo-o questionar seus ideias.

Nicole, a noiva de Cates, se vê dividida: ama seu pai, o Reverendo, que só conhece uma maneira de pensar, mas também ama Cates, que acredita no pensamento livre.


 MIDIA:
14/05/2010 - Correio Brazilense / Programe-se
Espetáculo O julgamento do macaco estreia
no Teatro Garagem - por Marina Severino
“Imagine ir ao teatro, tomar um assento e descobrir, ao abrir das cortinas, que você é júri de um julgamento? Em O julgamento do macaco, em cartaz no Teatro Garagem, na 913 Sul, cabe ao público escolher se o réu é culpado ou inocente. O criminoso é acusado de ensinar a teoria da evolução das espécies em um período onde apenas o criacionismo era aceito nas escolas norte-americanas.

A montagem é baseada na história real de John Thomas Scopes, professor de biologia de uma escola pública no estado do Tennessee em 1925, que peitou as leis dos Estados Unidos ao dar uma aula sobre Darwin. O julgamento de Scopes teve repercussão em todo o país e foi o primeiro a ser transmitido via rádio. “Foram quatro meses de pesquisas sobre o assunto, resultou em um espetáculo de linguagens híbridas. Discutimos, além do embate entre religião e ciência, questões como o poder da imprensa na formação do público e do papel do Estado na educação”, explica o diretor, Rogero Torquato.

O espetáculo fica em cartaz até 30 de maio no Teatro Garagem, de quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Depois, segue para Ceilândia e Taguatinga. A entrada é gratuita com retirada de ingresso na bilheteria, aberta duas horas antes do início do espetáculo. Não recomendado para menores de 14 anos”.


FICHA TÉCNICA

Humberto Pedrancini: HENRY DRUMMOND
Alaor Rosa: MATHEW HARRISON BRADY
Samuel Cerkvenik: PROFESSOR BERTRAND CATES
Georgia Nascimento: NICOLE BROWN
Guto Viscardi: REVERENDO BROWN
Reinaldo Vieira: JUIZ
Alex de Castro: MEIRINHO
Roustang Carrilho: E. K. HORNBECK
 
Direção: Rogero Torquato
Assist. Direção: Alex de Castro
Cenografia: Chico Junior e Vera Dantas
Figurinos: Roustang Carrilho
Iluminação: Dalton Camargos
Trilha Sonora Original: Juliano Goulart
Produção: Nalva Sysnandes

Contato:
alexprospero@gmail.com


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